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Por Niceia Menegon – Ascom Semus

Em celebração ao Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção ao suicídio, a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), por meio das equipes dos Centros de Atenção Psicossocial I e AD III, estiveram na Câmara de Vereadores de Gurupi na manhã desta terça-feira, 13, para alertar e chamar a atenção para a valorização da vida, com a ação “Todos pela Vida”, o mote adotado para a promoção das ações em referência à campanha Setembro Amarelo no município.

Ocupando o espaço da tribuna na Câmara de Vereadores, o enfermeiro, especialista em saúde mental e coordenador municipal de saúde mental, Ricardo da Silva de Jesus, se pronunciou abordando diversos aspectos sobre a saúde mental, destacou a importância da Campanha Setembro Amarelo e o envolvimento de todos, enquanto sociedade e os poderes públicos, para o fortalecimento de políticas voltadas à saúde mental. “A problemática do suicídio existe e a resolução dela não perpassa apenas pela área da saúde ou pelos profissionais do CAPS. A resolutividade dela depende de cada um de nós enquanto cidadãos, em compreender e lutar, de fato, pela valorização e implantação de políticas públicas voltadas para a saúde mental” enfatizou Ricardo. Ainda salientou que a pandemia oportunizou a detecção elevada dos problemas mentais, os índices demonstram e alertam para medidas e ações urgentes. “Não foi a pandemia que nos adoeceu, ela apenas escancarou o que já existia” aponta Ricardo.

A terapeuta ocupacional, Janilva Maria da Silva, que há 26 anos atua no CAPS relatou sua trajetória profissional e o quanto cada pessoa pode fazer para salvar uma vida, muitas vezes das pessoas que convivem em casa. “Nosso tempo nesse planeta é curto, o que precisamos fazer é abraçar e cuidar das pessoas. Nos anos de trabalho desenvolvido no CAPS nos prova o quanto é importante cuidar das pessoas que estão em sofrimento, que infelizmente estão à margem e banalizadas em suas necessidades” reflete Janilva, se referindo à forma de cada um de pedir ajuda, que muitas vezes as pessoas próximas não percebem. “Cuidado, quem fala também faz. Precisamos nos atentar em como as pessoas estão se expressando e, muitas vezes, um abraço, o convite para um chá, um sorriso ou uma conversa, podem salvar a vida da pessoa naquele momento” alerta Janilva.

Foto: Niceia Menegon

O vereador Zezinho da Lafiche elogiou a ação e reforço a importância das ações do Setembro Amarelo. “Prevenir suicídio é promover vida. Precisamos fortalecer as ações que previnem o adoecimento mental e a depressão” frisou Zezinho, que incentiva e promove atividades de valorização da vida.

Participaram da sessão acadêmicos do curso de enfermagem e psicologia, além de assistidos pelos CAPS e os vereadores. Foi distribuído um lápis com um girassol na ponta, como mimo aos presentes.

Rede municipal de saúde mental

A rede pública municipal de saúde dedica atenção especial à área de saúde mental, atuando por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Gurupi possui dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) com especificidades distintas. O CAPS atua no acolhimento às situações agudas da dependência química e de intenso sofrimento psíquico. A internação hospitalar só é indicada quando esgotadas todas as possibilidades terapêuticas disponíveis no CAPS.

O CAPS I oferece atendimento para pacientes de todas as faixas etárias que apresentem transtornos mentais médios a graves e persistentes. O objetivo é acolher estes pacientes com transtornos mentais e estimular a integração social e familiar, apoiando iniciativas de busca da autonomia e oferecendo atendimento médico e psicológico.

Foto: Niceia Menegon

Já o CAPS AD III, atua com serviços voltados para pacientes que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas. O CAPS AD III opera com funcionamento 24h, tendo condições de oferecer aos usuários atendidos pelo serviço, nos momentos de agravamento do quadro, a hospitalidade integral, ou seja, permanência diuturna no serviço.

Os atendimentos nos CAPS de Gurupi, são feitos por equipes multidisciplinares, compostas por enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, entre outros. Não há necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento de outro serviço para a realização do acolhimento (primeiro atendimento no serviço).

Além dos CAPS, as 15 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), também ofertam atendimento e poderão encaminhar os pacientes que necessitam de tratamento mental.

Foto: Niceia Menegon

Foto: Niceia Menegon

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