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Começa nesta terça-feira (19/03) a campanha para detecção precoce de casos de Hanseníase e Tracoma, bem como o tratamento preventivo (profilático) de verminoses (geohelmintíases). A abertura oficial da campanha acontecerá, a partir das 8 horas, na Escola Municipal Antonio Lino, localizada na saída para Peixe.

A campanha segue até o dia 22 de março e tem como público alvo estudantes com idade entre 5 e 14 anos, da rede pública municipal e estadual de ensino. Segundo a Coordenadora Municipal de Hanseníase, Mônica Paula Oliveira Alves, atualmente 95 pacientes fazem tratamento de hanseníase na cidade de Gurupi e existe uma quantidade preocupante de pacientes menores de 15 anos.

O objetivo da Campanha é reduzir a carga parasitária de geohelmintos em alunos da rede pública, bem como identificar casos suspeitos de hanseníase e tracoma que serão encaminhados para rede básica de saúde para confirmação diagnóstica e tratamento. As atividades da Campanha incluem mobilização e orientações para os professores e escolares, subsidiadas por material didático confeccionado para esse fim. Essas ações fazem parte do Plano Integrado de Ações Estratégicas do MS- Ministério da Saúde para eliminação de algumas doenças endêmicas de saúde pública.

Hanseníase – No Brasil a Hanseníase ainda persiste como problema de saúde pública, sendo que o Tocantins é o segundo estado brasileiro com maior coeficiente de detecção de casos novos em todo País e o primeiro no que se refere ao coeficiente de detecção de menores de 15 anos.

No ano de 2011 o Tocantins registrou um coeficiente de detecção geral de 71,28/100.000 habitantes e um coeficiente em menores de 15 anos de 19,10/100.000 habitantes, ambos indicadores considerados hiperendêmicos segundo os parâmetros do Ministério da Saúde.

Verminoses (geohelmintos) – As crianças constituem um importante grupo de risco para as infecções por geohelmintos, uma vez que estão em fase de intenso crescimento físico e desenvolvimento cognitivo. O impacto negativo da infecção produz, além da redução no desenvolvimento físico e mental, uma diversidade de quadros mórbidos que incluem diarréia, dores abdominais, inapetência, perda de peso, até complicações como a formação de granulomas e processos obstrutivos que exigem intervenção cirúrgica, podendo inclusive levar ao óbito. Como ação de redução da carga de infecção por geohelmintos, o Ministério da Saúde propõe a implantação do tratamento quimioprofilático em crianças de cinco a 14 anos.

Tracoma – O tracoma é uma afecção inflamatória ocular crônica, cujo agente etiológico é a Chlamydia trachomatis, uma bactéria gram-negativa, que produz uma ceratoconjuntivite crônica recorrente. Em decorrência de infecções repetidas, pode ocorrer a formação de cicatrizes na conjuntiva tarsal superior propiciando a formação de entrópio e triquíase. Estas lesões provocam o atrito da pálpebra e dos cílios com a córnea, e podem levar à cegueira, que segundo estimativas globais da Organização Mundial de Saúde, em 2009, revelam que existem em torno de 41 milhões de pessoas no mundo com tracoma ativo, 8 milhões com triquíase tracomatosa e 1,8 milhão de cegos devido ao tracoma.

O tracoma em sua forma inflamatória ocorre, predominantemente, em crianças nos locais onde existem más condições sócio-econômicas, parecendo estar relacionado à falta de saneamento básico e higiene, e ao baixo nível educacional dos pais.

Fonte: Ministério da Saúde

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