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Cia Blanche Torres apresenta espetáculo de dança com entrada franca, ás 20 horas no auditório do Centro Cultural Mauro Cunha, com apoio da Prefeitura Municipal de Gurupi, através da Secretaria Municipal de Cultura.

O espetáculo é produzido no Tocantins, pela Spatium Arte e Cultura, através do produtor Nival Correia, e em Gurupi por Fernando França do Grupo Motirô de Teatro.

A Cia Blanche Torres apresenta no mês de setembro o espetáculo “Dialeto Manoelês”, em 4 cidades do Tocantins (TO). O evento voltado para todos os públicos, tem investimento da Funarte (Fundação Nacional das Artes), ligada ao Ministério da Cultura, pois o grupo ganhou o prêmio Klauss Vianna de dança para circulação, além do apoio da Prefeitura de Gurupi, através da Secretaria Municipal de Cultura.

Foi selecionado pela Funarte para ser apresentado em cidades do Centro-Oeste e Norte do Brasil. “Esperamos um grande público para esse evento, que está encantando a todos”, disse a coreógrafa, diretora e produtora Blanche Torres que dirige a Companhia de dança desde 2006.

Criado pela Funarte em 2006, o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna apoia a produção nacional por meio do financiamento de montagens de espetáculos e investe na manutenção de programas de grupos, ou companhias de dança como oficinas, projetos de pesquisa teórica e de experimentação de linguagem.

Esta é a primeira vez que a Cia. Blanche Torres recebe o prêmio. “Ficamos felizes com o resultado, mesmo porque é nossa primeira participação no prêmio e já tivemos um espetáculo selecionado”, comemora Blanche Torres. “Estamos levando nossa arte para outros Estados numa caravana composta por cinco bailarinos: Lorena Hernández, Társila Bonelli, Maria Helena, João Rocha e Flávio Calixto, além do produtor João Paulo Vadora, iluminador Jorge Nilson e eu”, explica Blanche Torres.

O “Dialeto Manoelês” é um espetáculo de dança que tem duração de aproximadamente 50 minutos, utiliza recursos de multimídia e que teve como fonte de inspiração a poética de Manoel de Barros, sobretudo a frase do poeta: “Minha poesia humaniza as coisas e coisifica os homens”, disse Blanche Torres.

“Mergulhamos no universo da poesia, da infância, das imagens absurdas e lindas. Pesquisamos os sons, o silêncio e o “dialeto dos corpos”, presentes na poética de Manoel de Barros. É um espetáculo para crianças ou para os adultos que não deixaram de ser crianças. É uma brincança, não um espetáculo de “dança contemporânea”. Nosso espetáculo não é para “entender”, mas para “incorporar”, assim como a poesia do nosso poeta” explica Blanche.

Segundo a bailarina Lorena Hernández a expectativa e preparação para a apresentação é sempre muito boa. “Já nos apresentamos em vários municípios de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, agora é a vez do Tocantins conhecer nosso trabalho, esperamos, que muitas pessoas estejam lá pra nos assistir, e que elas possam sonhar, rir e brincar com o nosso “Dialeto”, disse.

A bailarina Társila Bonelli define o “Dialeto Manoelês” como um espetáculo alegre, de muitas imagens, que faz o público retornar a sua infância, trazer de volta suas memórias mais felizes. “Muitas e muitas vezes durante a cena até esquecemos que estamos no palco. Dá vontade de chamar a platéia pra participar, interagir com a gente” disse Társila.

A bailarina Maria Helena disse que a preparação física e artística para o “Dialeto” se baseou na teoria do movimento do bailarino e pesquisador Rudolf Laban, na qual são trabalhadas diversas qualidades de movimento em várias posições e velocidades. “A criação das coreografias do espetáculo foi toda baseada nos resultados dos exercícios das aulas da Banche e das oficinas que participamos com a bailarina Maria Elvira Machado e o bailarino e professor da UFBA Hugo Leonardo”, explicou.

Para o intérprete do espetáculo João Rocha o Dialeto Manoelês é sem dúvidas um dos principais espetáculos de dança do Mato Grosso do Sul. “Temos uma rotina corrida durante a semana com aulas, preparação, ensaios durante dois anos, e esse trabalho está sendo reconhecido nacionalmente como o prêmio Klaus Vianna da Funarte. É de grande importância que circulemos em nosso Estado, para a valorização dos artistas reginais”, disse.

Para o bailarino Flávio Calixto o Dialeto Manôeles define-se como um espetáculo “metamorfose”; homem vira coisa; vira “pedra”; coisa vira homem, um mundo de transformação, como as libélulas são insetos aquáticos durante a idade prematura, apresentando-se como voadores na idade adulta. “Um mundo de brincadeiras de crianças e transformações”, disse o bailarino.

No Tocantins a companhia vai ministrar oficinas em todas as cidades onde forem apresentados os espetáculos, todas elas as 16 horas. As oficinas de composição coreográfica serão ministradas pela especialista em dança, a coreógrafa Blanche Torres, com duração de duas horas cada uma.

Todas as oficinas serão baseada no processo de montagem do espetáculo Dialeto Manoelês. Como metodologia, serão utilizados os princípios do Estudo das Qualidades de Movimento do pesquisador Rudolf Laban. Um trabalho de criação individual e coletiva, tendo como ponto de partida os poemas de Manoel de Barros.

PROGRAMAÇÃO

12/09

– Oficina de composição Coreográfica, ás 16 horas, no Centro Cultural Mauro Cunha;

– Gurupi recebe o “Dialeto”, às 20 horas, no Centro Cultural Mauro Cunha;

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