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Nessa terça-feira, 31, a coordenação de Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde de Gurupi reuniu profissionais de vários setores da saúde e representantes da comunidade para discutir sobre a doença. O debate girou em torno de práticas inovadoras para melhorar a abordagem sobre o tema.

Segundo a coordenadora do programa de Hanseníase, Ludiane Silva, essa é a segunda etapa desses encontros. Na primeira que aconteceu ano passado, foi realizada uma capacitação com médicos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, enfermeiros e a mobilização social com os agentes comunitários de saúde. Desta vez as orientações são sobre os direitos das pessoas atingidas pela hanseníase e sobre o preconceito.

Segundo a voluntária do Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase), Leila Leite, nessa roda de conversa estão sendo levantadas questões que os profissionais tenham dúvida e sobre os direitos das pessoas atingidas, tanto os que são portadores da doença, como familiares.

Esse projeto é financiado pela Fundação NIPPON do Japão, e no Tocantins apenas três municípios foram contemplados entre eles Gurupi. Segundo a coordenadora do programa de hanseníase, atualmente em Gurupi, cerca de 70 pessoas portadoras da doença fazem o acompanhamento e conforme Ludiane, o preconceito ainda é uma grande barreira. Ela destaca que a doença embora em algumas pessoas provoque sequelas, ela tem cura e a partir do momento em que inicia o tratamento já não há mais risco de contágio.

Ludiane explica que o acompanhamento é feito na Policlínica e nas Unidades Básicas de Saúde, onde os pacientes tomam a dose da medicação supervisionada e recebem todo o acompanhamento.

A voluntária Leila comenta que o médico define qual o melhor tratamento para cada paciente, conforme a carga bacilar, sendo que pode ser de seis meses, ou, um ano. Segundo ela, se a pessoa demorar muito tempo para iniciar o primeiro tratamento ela pode ficar com sequelas, que na maioria das vezes, são nos nervos com o encurtamento que pode afetar a sensibilidade das extremidades, geralmente de pés e mãos. Para melhorar o acolhimento às vítimas da doença, estão sendo implantados 15 grupos de autocuidados que vão acompanhar os pacientes com foco na diminuição das sequelas.

As profissionais ainda destacam a importância do acompanhamento pós-alta que deve ocorrer num padrão de cinco anos, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Esse pós-alta consiste na visita às pessoas que tiveram a doença e a seus familiares, elaboração de relatórios que são enviados ao Ministério.

Esse debate é mais uma ação do Projeto Saúde Humanizada que visa oferecer um atendimento de excelência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

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