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Por Débora Ciany – Ascom/SEMEG

 

Foto: Divulgação da Escola

A evasão escolar causada pela pobreza menstrual é uma realidade em todo Brasil e em várias partes do mundo segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Para barrar esse problema e ainda tratar temas comuns na adolescência feminina como puberdade, ciclo menstrual e gravidez, a Escola Municipal Dr. Ulisses Guimarães, que fica no Parque das Acácias em Gurupi, vem implementando, por meio de parcerias, o projeto Sinais da Puberdade; Ciclo Menstrual Cuidados e Gravidez e já distribuiu 130 kits de higiene menstrual para alunas.

A ação é realizada em parceria com o Curso de Enfermagem da Universidade de Gurupi (UNIRG) e a colaboração voluntária da Cooperativa dos Produtores de Carne e Derivados de Gurupi (COOPERFRIGU). “Os nossos alunos são todos carentes, a maioria reside no bairro Campo Bello, e nós percebemos essa necessidade. Para colocar esse trabalho em prática fizemos também uma parceria com a COOPERFRIGU que doou 900 absorventes e distribuímos para todas as alunas que somam 80 meninas adolescentes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental”, explicou o diretor escolar, José Filho de Sousa.

Ainda segundo o diretor escolar, além da distribuição dos absorventes, o projeto também conta com a realização de palestras educativas para orientações em saúde da mulher. “Na palestra realizada esta semana, as meninas puderam tirar muitas dúvidas, foi um momento importante de muita relevância”, avaliou.

Foto: Divulgação da Escola

Segundo as metas do projeto, os produtos são disponibilizados para quaisquer alunas que precisarem e contribuem para que meninas possam desenvolver seu processo de aprendizagem combatendo a evasão escolar gerada pela pobreza menstrual.

Permanência

Nesta sexta-feira, 18, uma nova palestra foi agendada e desta vez, dirigida a um outro grupo de meninas estudantes. Na oportunidade, novos kits de absorventes serão distribuídos. “Mais doações como essa virão, e mais ações como esta serão feitas dentro da escola”, garantiu Sousa.

A ONU estima que 1 entre 10 meninas no mundo sofrem com o impacto da pobreza menstrual na vida escolar. No Brasil, esse número está estimado em 1 a cada 4 meninas. Em 2014, a ONU reconheceu o direito à higiene menstrual como uma questão de direito humano e à saúde pública.

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